Médicos Sem Fronteiras é uma organização internacional, não governamental e sem fins lucrativos que oferece assistência médica e humanitária a populações em situações de emergência, como conflitos armados, catástrofes, epidemias, fome e exclusão social. A instituição tem alcance global, com sua principal base na França, onde foi idealizada. Cada frente de atuação opera de maneira independente, mas colabora e compartilha recursos para maximizar seu impacto.

O projeto teve como objetivo entender por que o público jovem, especialmente entre 18 e 35 anos, não estava engajado com as doações no site da MSF (Médicos Sem Fronteiras). Os dados indicavam que essa faixa etária tinha um baixo índice de acesso e de doações, o que gerava preocupações sobre o impacto da instituição nesse público crucial para a sustentabilidade de suas ações.

Iniciamos o projeto com uma análise detalhada do fluxo de doações. Para isso, construímos uma persona representativa do público-alvo e, com base nela, selecionamos um grupo de jovens que se encaixavam nesse perfil. Realizamos entrevistas por chamadas de vídeo, onde criamos um roteiro de perguntas focado em entender os motivos do desinteresse pela doação.

Alguns dos principais pontos levantados durante as entrevistas foram:

• Dificuldade no processo de doação: Muitos usuários acharam o processo confuso e pouco intuitivo.

• Falta de opções de pagamento adequadas: O público sentia falta de opções modernas e mais próximas do seu cotidiano, como carteiras digitais ou métodos rápidos de pagamento.

• Desconhecimento sobre a atuação no Brasil: Muitos não sabiam que o MSF também atua no território brasileiro, o que gerava resistência em doar para uma causa fora do país, já que o público preferia ajudar localmente.

A partir dos dados coletados, desenvolvemos uma série de propostas de melhoria.

Proposta de Layout

• Criamos um novo layout mais acessível, simplificando o processo de doação e destacando opções de pagamento populares entre os jovens, como Pix e carteiras digitais.

• Incluímos informações claras sobre a atuação do MSF no Brasil, destacando o impacto das doações no país e facilitando a visualização de como o dinheiro seria utilizado localmente.

Redesign da Abordagem nas Redes Sociais

• Recomendamos uma mudança na abordagem das publicações nas redes sociais. A pesquisa indicou que o público jovem não se sentia confortável com o tom e o tipo de conteúdo compartilhado, que muitas vezes parecia distante ou desconectado da realidade local.

• Mesmo considerando que o MSF segue padrões internacionais para manter uma comunicação uniforme, sugerimos ajustes no estilo de comunicação para criar uma conexão mais próxima e pessoal com o público brasileiro.

A proposta de layout simplificado e as novas formas de pagamento foram as principais transformações no site. O processo de doação passou a ser mais intuitivo e acessível, o que facilitou a jornada do usuário e aumentou a probabilidade de conversão. Além disso, as mudanças nas redes sociais ajudaram a aproximar o MSF do público jovem, criando um senso de identificação com a causa.

• Aumento nas doações: A simplificação do processo e a inclusão de formas de pagamento mais acessíveis aumentaram as taxas de conversão de doações entre o público jovem.

• Maior engajamento nas redes sociais: As mudanças na abordagem de comunicação resultaram em um feedback mais positivo e em um maior engajamento nas plataformas sociais.

• Maior conscientização sobre a atuação no Brasil: A clareza nas informações fez com que os doadores se sentissem mais confiantes de que suas doações estavam ajudando causas locais.

O projeto trouxe impactos imediatos e de longo prazo para o MSF: